Com a dificuldade em conseguir utilizar o livrinho de símbolos para se comunicar, Francisco Neto não conseguia avançar no tratamento o que dificultaca seu relacionamento com a família e os amigos. A equipe piauiense do CEIR utilizou um meio inventivo e conseguiu adaptar o sistema, criando uma espécie de bandeja que permite com que Neto possa interagir com o interlocutor.
EQUIPE DO CEIR APRIMORA MÉTODO DE COMUNICAÇÃO
Francisco Lima e Dowglas Lima
DO THERESINA
Para que Francisco Neto pudesse ter um melhor aprendizado na nova escola, contou com a ajuda de três profissionais que o auxiliam no CEIR: além da pedagoga Genyr Portela, a fonoaudióloga Fabíola Castro e a terapeuta ocupacional Nadjira Riedel acompanham a evolução do garoto. Neto não fala, e possui movimentos bruscos e involuntários por conta da paralisia cerebral. Com isso, ele não pôde utilizar o livrinho de imagens e símbolos, utilizado por vários pacientes do centro de reabilitação.
A solução encontrada pelas três profissionais foi um tanto quanto engenhosa: uma espécie de mesa, feita em madeira, forrada com uma chapa metálica, protegida com material acrílico e adaptável à cadeira de rodas de Neto.
Os símbolos, para os quais o garoto aponta nas terapias de fonoaudiologia, tem a parte traseira imantada, de modo a fixá-los na superfície metálica. A proteção acrílica serve para que as peças não saiam do lugar. “Ele tem o cognitismo preservado, ou seja, apesar de não falar, entende tudo o que comunicamos a ele.
Com essa bandeja que fizemos, o Neto pode se expressar”, disse. O equipamento foi adaptado pela terapeuta ocupacional Nadjira Riedel. “Tínhamos que pensar em uma solução de comunicação alternativa que fosse segura e funcional para ele. Como ele não consegue virar páginas, a bandeja foi a solução mais adequada”, disse a terapeuta.
Os símbolos seguem um sistema de cores, que representam categorias diferentes: os símbolos amarelos representam pessoas, geralmente da família do paciente; os verdes trazem verbos; os azuis mostram adjetivos, os laranjas, substantivos, os cor de rosa trazem figuras de saudações (trabalhando a parte social da criança) e os brancos trazem dias da semana, números, entre outros.
Conforme os pacientes vão demonstrando mais experiências e coisas novas que viram no dia a dia, mais símbolos vão sendo acrescentados à comunicação alternativa. Desta forma, o desenvolvimento na capacidade comunicacional é crescente, e as crianças atendidas são continuamente estimuladas a manifestarem o que sentem através das figuras.
E o garoto tem o maior ciúme de sua mesa especial: de acordo com a fonoaudióloga, ele fica bravo só de alguém falar em tirar dele o material. “É como se fosse a sua boca. É com essa mesa e com esses símbolos que ele pode se expressar e aprender melhor”, explicou Fabíola.
Apontando para os símbolos na mesa, Neto demostrou estar feliz, diante da presença da mãe e das três profissionais que dedicam cuidados a ele no CEIR.
Sistema de símbolos melhora a autoestima de crianças especiais
Além de aprender novas formas e conceitos, Neto passou a ser uma criança mais feliz desde que começou a usar a mesa de comunicação alternativa, há cerca de três meses. “Percebi que a autoestima dele melhorou bastante. Ele estava muito parado na escola, e está bem melhor desde então”, disse a mãe, Gilmara.
Nas sessões de fonoaudiologia, Beto tem uma coleguinha muito especial: Vívian Vitória, de apenas cinco anos de idade, que também utiliza o sistema de símbolos para estimular as funções motoras e comunicacionais. A garota utiliza um livrinho, pois apesar da paralisia cerebral, consegue passar as páginas e explorar as categorias de imagens que o método oferece.
As profissionais do CEIR garantem: a técnica tem elevado o astral dos pequenos. “Antes, a Vívian chegava aqui no centro de reabilitação um pouco triste, mas agora ela está bem mais alegre, e se desenvolvendo”, explicou Fabíola Castro – a tia Fabíola, para Beto e Vívian.
Com um sorriso encantador, a menina gosta de mostrar, apontando para as figuras, o que fez ao longo do dia: ver desenhos animados na TV, alimentar-se e tomar refrescantes banhos de chuveiro.
Vívia, assim como Neto, também estuda em uma escola regular, junto com alunos que não possuem deficiência física. Mas a pedagoga esclarece: alunos portadores de necessidades especiais precisam de um acompanhamento especial na aula, além de reforço escolar em um horário separado. Neto vai à escola, ao reforço, à reabilitação e ainda tem tempo para espalhar por aí seu sorriso de criança, como ilustram as fotos desta matéria.
Nas sessões de fonoaudiologia, Beto tem uma coleguinha muito especial: Vívian Vitória, de apenas cinco anos de idade, que também utiliza o sistema de símbolos para estimular as funções motoras e comunicacionais. A garota utiliza um livrinho, pois apesar da paralisia cerebral, consegue passar as páginas e explorar as categorias de imagens que o método oferece.
As profissionais do CEIR garantem: a técnica tem elevado o astral dos pequenos. “Antes, a Vívian chegava aqui no centro de reabilitação um pouco triste, mas agora ela está bem mais alegre, e se desenvolvendo”, explicou Fabíola Castro – a tia Fabíola, para Beto e Vívian.
Com um sorriso encantador, a menina gosta de mostrar, apontando para as figuras, o que fez ao longo do dia: ver desenhos animados na TV, alimentar-se e tomar refrescantes banhos de chuveiro.
Vívia, assim como Neto, também estuda em uma escola regular, junto com alunos que não possuem deficiência física. Mas a pedagoga esclarece: alunos portadores de necessidades especiais precisam de um acompanhamento especial na aula, além de reforço escolar em um horário separado. Neto vai à escola, ao reforço, à reabilitação e ainda tem tempo para espalhar por aí seu sorriso de criança, como ilustram as fotos desta matéria.
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